Conheça mulheres à frente do seu tempo que mudaram a história! E que continuam fazendo história.

Neste artigo, descubra o legado de algumas mulheres que moldaram nosso presente e que inspiram nosso futuro.

Genética, Física e Tecnologia. 

Três áreas extremamente importantes para o desenvolvimento do homem, sendo motivo de estudos até os dias de hoje. 

E também, são três áreas onde grandes mulheres atuaram de forma brilhante no passado, descobrindo fatos que moldaram nosso estilo de vida para sempre. 

Neste artigo, iremos contar a história de Rosalind Franklin, Marie Curie e Hedy Lammar. 

Três mulheres que estavam à frente do seu tempo e que conquistaram posições que antes eram apenas dedicadas aos homens. São histórias marcantes e inspiradoras que nos levam a entender a importância da mulher em vários aspectos sociais e culturais. 

Através delas podemos motivar centenas de outras mulheres que possuem um trabalho tão importante quanto o delas, e que também podem ser, de certa forma, mulheres à frente do seu tempo. 

Neste mesmo contexto iremos contar um pouco sobre Camila, Daniela e Isabel. Três mulheres que atuam em nosso presente para transformar o nosso futuro. 

Inspire-se com histórias do passado e do presente, que transformam e irão transformar o futuro.

 

 

A história da “cientista injustiçada”

Rosalind Franklin, nasceu em Londres em 1920, e desde cedo demonstrava interesse e habilidade nas aulas de ciências. Em uma época em que poucas escolas para meninas ofereciam ensino de química e física, ela já sabia aos 15 anos que seu futuro seria na ciência. 

Em 1938, ingressou no Newnham College, parte da Universidade de Cambridge, para estudar química, onde mais tarde obteve seu doutorado em 1945 por suas pesquisas em microestruturas de carbono e grafite. 

Franklin participou de diversos grupos de pesquisa, incluindo seu trabalho na Associação Britânica para a Pesquisa do Uso do Carvão em Paris, onde utilizou a cristalografia de Raios-X, técnica que se tornaria crucial para suas descobertas futuras.

Durante os quatro anos que passou na França, Rosalind Franklin foi se aperfeiçoando no uso da cristalografia de raios-x, técnica utilizada para criar imagens de elementos microscópicos.

Foi através de sua expertise nesse campo que ela produziu o que se tornou uma das imagens mais famosas da história da biologia: a "Fotografia 51".

 

 

Esta imagem, capturada em 1952, foi uma descoberta que revolucionou a biologia e a genética.

No entanto, apesar da importância de suas descobertas, Franklin não recebeu o reconhecimento adequado em seu tempo. 

Infelizmente, Maurice Wilkins, um colega de laboratório, compartilhou suas descobertas com James Watson e Francis Crick, que mais tarde foram creditados com a sua descoberta da estrutura do DNA e receberam o Prêmio Nobel de Medicina em 1962.

Ainda assim, o legado de Rosalind Franklin transcende as injustiças sofridas durante sua vida. 

Foi a partir dela que se descobriu que o material genético pode ser copiado e replicado, podendo ser passado de geração em geração.

Além disso, foi essencial para o desenvolvimento da indústria de biotecnologia, proporcionando à comunidade científica um maior entendimento sobre a biologia humana.

Através de seus estudos:

• É possível desenvolver medicamentos como, por exemplo, a insulina, que hoje ajuda milhões de pessoas com diagnóstico de diabetes. 
• É possível descobrir  se uma pessoa possui uma determinada doença genética ou predisposição para alguma enfermidade cujo fator genético é relevante.
• É possível estudar o tumor de um paciente com câncer, por exemplo, e a partir da construção de um perfil genético, combinar a melhor medicação para seu caso específico.

Apesar das injustiças sofridas por Rosalind Franklin, sua contribuição é agora reconhecida e valorizada, destacando a importância das mulheres na ciência e inspirando gerações futuras a seguir seus passos.

Podemos dizer que, sim, ela foi uma mulher que estava à frente do seu tempo.

 

 

A história da primeira ganhadora do Prêmio Nobel

Marie Curie, nasceu em 1867 na Polônia, e foi uma cientista pioneira cujo legado revolucionou a ciência e inspirou gerações futuras. 

Em parceria com seu marido, Pierre Curie, ela deu os primeiros passos em direção à compreensão da radioatividade, um termo que ela própria criou. Suas investigações minuciosas levaram à descoberta de dois novos elementos químicos, o polônio e o rádio, em 1898. 

Essas descobertas marcaram não só a história da ciência, mas também renderam a Marie Curie o título de primeira mulher a receber o Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar o prêmio duas vezes, primeiro em Física (1903, compartilhado com Pierre Curie e Henri Becquerel) e depois em Química (1911).

Além de suas contribuições científicas, Marie Curie demonstrou uma generosidade notável. 

Ela compartilhou os recursos financeiros obtidos com seus prêmios Nobel com colegas e amigos em dificuldades, enfatizando seu compromisso não apenas com a ciência, mas também com a comunidade científica e o bem-estar dos outros.

Durante a Primeira Guerra Mundial, ela e sua filha Irène desenvolveram unidades móveis de radiografia, conhecidas como "petites Curies", que revolucionaram o tratamento médico de soldados feridos. 

O "carro radiológico", possuía uma máquina de raio X e equipamento fotográfico de câmara escura que era transportado para qualquer lugar.

 

 

Essas unidades permitiram diagnósticos rápidos e precisos, salvando inúmeras vidas e mudando o curso da medicina militar.

As pesquisas não apenas desvendaram os mistérios da radioatividade, mas também abriram caminhos para aplicações médicas vitais. 

Suas descobertas continuam a inspirar novas gerações de cientistas, influenciando o campo da física até os dias atuais.

Seu trabalho não apenas pavimentou o caminho para avanços significativos no estudo dos elementos radioativos, mas também estimulou progressos na medicina e em diversas outras áreas da ciência, demonstrando o impacto duradouro de sua genialidade e determinação.

Podemos dizer que, sim, ela foi uma mulher que estava à frente do seu tempo. 

A atriz que revolucionou a tecnologia

Hedy Lamarr, nascida em 1914 na Áustria, é reconhecida não apenas como uma talentosa atriz de cinema, mas também como uma mente brilhante por trás de uma das invenções mais significativas do século XX.

Apesar de sua proeminência como atriz, Lamarr possuía uma curiosidade inesgotável e uma visão empreendedora que a levaram além dos limites de Hollywood. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, ela se deparou com os desafios enfrentados pela Marinha dos Estados Unidos, particularmente com os sistemas de controle de torpedos radioguiados, suscetíveis à detecção e interceptação inimiga.

Para resolver esse problema, Lamarr uniu forças com o compositor George Antheil, com quem trabalhava no estúdio MGM. 

Juntos, desenvolveram o "Sistema de Comunicação Secreta", uma inovação revolucionária que consistia em um dispositivo capaz de alterar as frequências dos torpedos de forma constante, dificultando a interceptação por parte dos inimigos.

Apresentado à Marinha dos Estados Unidos em 1942, o sistema foi inicialmente rejeitado por sua complexidade e avanço tecnológico para a época. 

Apesar disso, Lamarr continuou a perseguir sua carreira no cinema após a recusa, enquanto o sistema começava a ganhar reconhecimento em campos tecnológicos.

No entanto, décadas mais tarde, suas contribuições foram finalmente reconhecidas quando o sistema serviu como base para o desenvolvimento de tecnologias modernas, como CDMA e, mais notavelmente, Wi-Fi.

Em 2014, Lamarr e Antheil foram postumamente homenageados com o Prêmio Pioneiro da Electronic Frontier Foundation e foram introduzidos no National Inventors Hall of Fame, destacando o legado duradouro de sua genialidade e visão.

A história de Hedy Lamarr transcende os limites do cinema para mostrar que a criatividade e o espírito empreendedor podem prosperar em qualquer campo, mesmo nos tempos mais desafiadores, como os da guerra. 

Seu legado ressoa profundamente no cenário tecnológico atual, onde o Wi-Fi desempenha um papel fundamental na conectividade global, permitindo que as pessoas naveguem livremente na internet sem depender de cabos físicos.

Podemos dizer que, sim, ela foi uma mulher que estava à frente do seu tempo.

 

 

Mulheres à frente do seu tempo

Depois de conhecer um pouco mais sobre a história de três mulheres brilhantes do passado, precisamos enaltecer grandes mulheres do nosso presente. 

Elas estão, de forma ativa, trabalhando para proporcionar a todos um futuro melhor, respeitando a saúde e bem-estar do corpo humano. 

Vamos apresentar Camila, Isabel e Daniela. Três mulheres que transbordam força e determinação. 

Trabalhando há 20 anos com corpo e movimento, e nos últimos 13 anos se dedicando minuciosamente no estudo dos pés, Camila Wippel é Fisioterapeuta Osteopata - D.O pela escola de Osteopatia de Madrid, Fundadora da Fluir Saúde Consciente.

Ela é a responsável por desenvolver um ensaio clínico randomizado com uma disfunção muito comum entre as pessoas. 

O objetivo da sua pesquisa foi de comprovar a ligação dos pés com a saúde do corpo, os benefícios do uso de um tênis pensado para os pés (barefoot) e o malefício que os calçados tradicionais vem ocasionando ao longo dos anos com seu uso diário.

 

 

Isabel Sacco, é Professora Associada da Faculdade de Medicina da USP e Coordenadora do Labimph (FOFITO - FMUSP), cujas principais áreas de investigação hoje incluem Biomecânica e Reabilitação de pessoas com diabetes e osteoartrite, e de corredores recreacionais.

Foi homenageada em 2014 pelo CNPq como uma das 22 jovens mulheres pesquisadoras PQ-1 (com menos de 40 anos de idade), por sua carreira acadêmica de reconhecimento nacional e internacional com relevante produção científica e importante papel na formação de recursos humanos.

Além disso, é autora/coautora de 171 artigos publicados, autora de 2 livros e 10 capítulos de livros publicados.

 

 

Daniela Messeder é co-fundadora da marca Feet of Tomorrow, pioneira no país em tênis barefoot.

Após sete anos trabalhando na Itália em uma multinacional, ela retorna ao Brasil em busca da realização de um sonho, empreender. 

Com o foco em criar algo novo, transformando em sua marca própria, ela se uniu ao seu sócio Fábio, e iniciaram uma empresa que hoje vem revolucionando o mercado de tênis nacional.

Barefoot FOT, vai além do conforto. É fortalecer naturalmente os músculos dos pés, melhorar o equilíbrio e a postura, e sentir a liberdade de movimento como nunca antes.

 

 

O que essas mulheres, do passado e do presente, têm em comum?

Todas elas são visionárias, inteligentes e fortes. 

São mulheres que estão à frente do seu tempo, trabalhando para deixar um legado que beneficia a todos. 

São diferentes áreas de atuação que hoje, empoderam as mulheres de forma justa e que valorizam seus esforços. 

Ainda existe muito chão pela frente, mas se nos inspirarmos em histórias de mulheres como essas, podemos ter a certeza de um futuro muito melhor.

 Para todas as mulheres, Feliz Dia das Mulheres.